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sexta-feira, 4 de julho de 2008

SET JULIANO ZUCARE ELECTRO HOUSE VOL2G


domingo, 29 de junho de 2008

PRODUÇÃO MUSICAL vol1

Processadores de Efeitos

A adição de efeitos em gravações musicais não é uma novidade dos dias atuais. Nos estúdios mais antigos, podia-se criar alguns efeitos naturalmente, como a reverberação, usando-se recintos especiais com paredes revestidas de material acusticamente reflexivo e que proporcionavam a ambiência desejada à gravação. Posteriormente, com o desenvolvimento da tecnologia eletrônica, esses efeitos passaram a ser criados por dispositivos cujos circuitos eletrônicos efetuavam certas alterações - ou processamentos - sobre o sinal de áudio captado dos instrumentos e vozes. Com esses recursos, surgiu uma nova era onde podem ser criados tanto efeitos acústicos naturais, como o eco e a reverberação, quanto artificiais, como o vocoder.

Atualmente, na grande maioria dos casos, os efeitos de áudio são processados digitalmente, usando-se equipamentos dotados de circuitos DSP (digital signal processor), que digitalizam o som original, manipulam-no por meio de recursos computacionais e convertem o resultado novamente em som.

Os processadores digitais de sinais podem ser encontrados em equipamentos específicos (ex: Alesis Quadraverb, Yamaha SPX-900, Roland SE-70), que são acoplados a microfones, mesas de mixagem e instrumentos musicais eletrônicos, ou então embutidos e incorporados nos próprios instrumentos musicais.

A maioria dos instrumentos atuais possui um ou mais módulos internos para a criação de efeitos adicionais sobre o som gerado pelo instrumento. A quantidade (e a qualidade) desses efeitos varia muito de um equipamento para outro, bem como os recursos e métodos para ajustá-los.

A seguir é feita uma breve descrição técnica dos tipos de efeitos mais usados em aplicações musicais.

Reverberação

A reverberação (reverb) é o resultado de múltiplas reflexões do som em diversas direções, com diversos tempos de atraso. Em ambientes acústicos naturais, a reverberação se dá graças à reflexão do som em diversos pontos das diversas superfícies (paredes, teto, chão, etc), e como as distâncias percorridas pelo som entre as superfícies são diferentes, a percepção do sinal refletido é difusa, não inteligível como no caso do eco, por exemplo.

A reverberação é aquela ambiência sonora encontrada em um banheiro de paredes revestidas de azulejos (sem toalhas ou cortinas que possam absorver o som). A reverberação natural tem como característica a atenuação gradual das reflexões no decorrer do tempo (chamado de reverberation time). As reflexões mais próximas (rápidas) são chamadas de early reflections. Os processadores de efeitos criam reverberação somando ao sinal de áudio original (seco) diversas cópias dele com atrasos e amplitudes diferentes (veja figura 1). A qualidade tonal da reverberação em um ambiente depende do tipo de material usado em suas superfícies, e em muitos processadores é possível ajustar esta qualidade ou coloração, filtrando freqüências na reverberação.

A reverberação é usada com o objetivo de criar ambiência ou profundidade ao som, produzindo uma sensação mais natural.

Eco

O eco (delay) é um efeito obtido também pela soma do sinal de áudio original com uma cópia sua, atrasada, mas enquanto a reverberação é o resultado de diversas cópias, com diversos atrasos diferentes (que simulam as inúmeras reflexões), o eco caracteriza-se por uma ou mais reflexões, que ocorrem com atrasos determinados, que permitem ao ouvinte distinguir o som atrasado e percebê-lo claramente como um eco.

O tempo entre a ocorrência do som original (seco) e a primeira repetição é chamado de delay time e, assim como a reverberação, a repetição ou repetições do sinal ocorrem com amplitudes (intensidade) reduzindo-se gradualmente. Para criar as várias repetições ou ecos, os processadores usam um recurso em que o próprio eco é realimentado à entrada do processador, produzindo ecos do eco. Dessa forma, o número de repetições pode ser controlada pela quantidade de realimentação (feedback). Os processadores atuais permitem que sejam criados ecos especiais, onde as repetições se alternam nos lados do estéreo, produzindo o chamado ping-pong delay.

O eco em geral também é usado para dar profundidade, mas muitas vezes é aplicado mesmo como um efeito.


Chorus

O chorus começou a ser muito usado pelos guitarristas nos anos 80 e caracteriza-se pelo efeito de dobra do som. Ele é obtido somando ao som original uma cópia sua ligeiramente defasada, sendo que essa defasagem varia ciclicamente no tempo. Na maioria dos processadores, pode-se controlar a velocidade da variação cíclica da defasagem, por meio do parâmetro modulation speed, e também a magnitude da defasagem, por meio do parâmetro modulation depth.

O chorus é muito usado em guitarras, pianos (para encorpar o som) e em órgãos e timbres de camas (pads).

Flanger

O flanger é um efeito produzido por características similares às do chorus, usando, no entanto, defasagens menores. Por isso, ao invés de dar uma impressão de dobra, o flanger produz na realidade uma alteração cíclica de composição harmônica (coloração), que às vezes dá ao ouvinte a sensação de semelhança ao som de um avião a jato passando.

Assim como no chorus, no flanger também muitas vezes é possível ajustar a velocidade da variação de defasagem e sua intensidade, e o flanger em geral é aplicado em instrumentos com uma coloração rica em harmônicos, onde ele sobressai mais, como guitarras, cordas e pratos de bateria.

Distorções

São usadas basicamente por guitarristas. Há diversos tipos de distorções, que vão desde as saturações mais leves como o overdrive (obtido naturalmente em amplificadores valvulados) até o fuzz e distorções mais sujas. As distorções são conseguidas pela saturação do sinal de áudio, que introduz e realça harmônicos antes pouco perceptíveis, alterando assim substancialmente a coloração do som.

A maneira de se usar efeitos sobre o som é uma questão um pouco subjetiva, pois para algumas pessoas o processamento pode piorar o material original. Há regras básicas, porém, como a aplicação de reverberação à voz e a outros instrumentos, para torná-la mais natural e eliminando a característica morta ou seca. A quantidade de efeito também é uma questão de gosto mas, como sugestão, não se deve usar um efeito carregadamente, pois ele irá sobressair e portanto mascarar o som original. A não ser que este seja o objetivo...

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